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17 de junho de 2012

O Santo Sudário–Mensagem do Papa Paulo VI e o que pensa a Imprensa.

Na época da exposição pública de 1978, após receber a carta de Paulo VI, o arcebispo de Turim, Dom Anastácio Ballestreros, dirigiu aos fiéis uma carta intitulada Sinal de Cristo, cujo teor é o seguinte:

Olhamos para o Sudário como para um Sinal de Cristo e da presença dele. A força evocadora da imagem dilacerada pode tornar-se, se recebida com espírito simples e reto, subsídio de uma fé renovada no ministério salvador da paixão e da morte do senhor Ressurgido, mistério que é escândalo para quem não acredita, mas sabedoria para os cristãos. O mistério da Cruz é ainda vivo, porque a paixão do Senhor espera um cumprimento na nossa carne, no nosso espírito e na nossa história: não por nada Jesus disse: Quem deseja vir atrás de mim, pega a própria cruz a cada dia... (...) Trouxe-nos aqui não somente uma centenária tradição turinense, à qual somos afeiçoados e da qual somos orgulhosos, mas, sobretudo, a necessidade de que a nossa fé seja sustentada pelos Sinais às vezes, os Sinais nada têm a ver com a teologia, mas antes com a humanidade.

Os Sinais necessitam estar presentes entre nós, onde as mensagens se multiplicam: exatamente por isso, não é justo que os signos evocadores e estimulantes da fé e da esperança sejam calados. O que sentimos diante do Sudário? Antes de mais nada, um desejo profundo e perturbador da presença de Cristo: não dos seus Sinais , mas dele, do Salvador Jesus que o Pai enviou por amor ao mundo, aquele que veio por amor e doou a própria vida, abandonando-a à tortura, à iniquidade, à crueldade dos homens.

Necessitamos dessa presença. E também este Sinal do Sudário nos conforta, porque parece nos dizer que o Senhor é fiel à sua palavra: Eu estou sempre com vocês . Esta palavra vai no fundo de nosso coração, porque a promessa do Senhor é consoladora. Nós O temos conosco, mesmo se não O vemos (porque é assumido na glória). Não O ouvimos, não porque não fale, mas porque somos surdos e não conseguimos encontrá-lo na proximidade de troca e de um encontro que se colma de consolação e nos reaviva.

Eis-nos aqui o Sinal , como é desejada no mundo a presença do Cristo Senhor! Como desejaríamos dizer: Senhor, que eu enxergue, ou, ainda melhor, Senhor que eu possa ver-te para que o teu vulto seja a luz da minha vida e a força do meu caminho .

Esse assunto constantemente vem à baila em todos os setores da imprensa e qualquer notícia sobre ele é imediatamente transmitida pela mídia com grande estardalhaço. Isto devido ao fato de interessar a toda comunidade cristã uma informação segura sobre esta preciosa peça de linho. A propósito, a revista Veja edição 1783, de 25 de dezembro de 2002, publica uma interessante reportagem sob o título “A Ciência à Procura de Cristo”, na qual são referidos numerosos trabalhos científicos visando esclarecer alguns aspectos da pessoa e da vida de Cristo. Dentre eles, o Sudário de Turim, como não poderia deixar de ser, é o tema abordado. Nele, além de fatos relatados nas crônicas anteriores, é citada também a presença no tecido de um pólen que floresce numa época condizente com a da crucificação.

Eis o texto:

Das relíquias relacionadas a Jesus, a mais intrigante é uma peça de linho com 4,36 metros de comprimento por 1,10 de largura, o chamado Santo Sudário. Diz a tradição católica que a peça serviu de mortalha para o corpo do filho de Deus, assim que o desceram da cruz. O pano tem as marcas nítidas de um rosto com barba e manchas condizentes com as chagas de Cristo. A relíquia, guardada em Turim, é conhecida e venerada desde 1350. Curiosamente, foi o avanço da tecnologia que tornou sua autenticidade polêmica. No final dos anos 80, o tecido foi analisado por três equipes independentes e datado com radioatividade. A conclusão foi unânime: o pano tinha sido produzido na Idade Média, entre 1260 e 1390. O diagnóstico não encerrou o assunto. Estudos mais recentes encontram vários indícios de que seria muito mais antigo. Primeiro, foram traços de sangue humano no tecido.

Depois, submetido a exames tridimensionais por computador, mostrou que só se poderia ter aquela imagem se o Sudário realmente envolvesse um corpo. O achado mais instigante são vestígios de pólen nas tramas do tecido. São de uma flor típica do Oriente Médio, que floresce numa época condizente com a da crucificação.


A Igreja Católica, que havia aceitado a conclusão dos especialistas de 1988, hoje considera o Sudário um assunto em aberto, que exige novas e apuradas análises científicas. Não é considerado oficialmente como autêntico. A conclusão sobre o manto é que nada há de certo sobre ele .

Poderão vocês tirar suas conclusões, de vez que a Igreja Católica, a quem está confiada sua guarda, ainda não se manifestou oficialmente, mesmo após os exames do carbono 14 realizados em 1988. As cartas do Papa Paulo VI e do Cardeal de Turim Anastácio Ballestreros, são datadas de 1978, por ocasião da exposição pública do Sudário, portanto bem anteriores ao teste de carbono 14 realizado
em 1988. Paulo VI morreu pouco tempo depois que escreveu sua carta, sendo substituído pelo cardeal Albino Luciane, que tomou o nome de João Paulo I. Eu tive a oportunidade de ver, na Capela Reale de Turim, uma réplica em tamanho natural e com todos os detalhes do original, e convenci-me de que dificilmente seria uma pintura.

Alem do mais, apesar de alguns exames terem sugerido que se trata de uma peça do século XIII, fica uma observação: o Sudário mostra uma figura de um homem, de frente e de costas, com sinais descritos na paixão de Cristo, segundo os evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João. Além disto, há que se considerar que, desde o advento do islamismo, no século VII, todo o Oriente Médio, inclusive Jerusalém, é povoado pelos árabes, que nunca usaram, ao contrário dos romanos, a crucificação como castigo. Eu, particularmente, creio que o Sudário de Turim ou Santo Sudário seja a mortalha que envolveu o corpo de Jesus Cristo. Para finalizar, vale repetir uma famosa frase: para quem crê, nenhuma explicação é necessária; para quem não crê, toda explicação é inútil.

Quer saber mais? Acesse nossa páginas de especias no inicio deste blog.

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