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28 de outubro de 2010

Litúrgia do dia: 28/10/10

S_SIMO~1 Oficio Festivo – Cor Vermelha

Hoje é dia de São Simão e São Judas Tadeu, Apóstolos.

Leituras e Evangelho:

  • Ef 2,19-22
  • Sl 18(19)
  • Lc 6.12-19

25 de outubro de 2010

Eleições 2010 revela lado sombrio da Igreja Católica

Estamos vivendo um dos momentos mais tristes da historia de nossa Igreja em nosso País, as eleições 2010 revelam um lado sombrio que envergonha todo e qualquer cristão batizado neste país. Estamos vivendo um momento que deve ser fruto de uma profunda reflexão e estamos chegando ao limite dos escândalos.

Será que mesmo que nossos sacerdotes são mesmo obedientes? Será que eles realmente estão preparados a serem considerados pastores? Confesso que já não sei mais como olhar os sacerdotes de nossa Igreja. Meu momento é da mais profunda vergonha.

Vejo sacerdotes literalmente orientando seus fieis a votarem em alguns candidatos, orientam seus fieis a escolherem o pecado menor... e isso é um absurdo! Muitos usam do nome da CNBB, que de uma forma irresponsável, limita-se em pequenos comunicados desfazer e diluir a guerra de hipocrisia criada pelos senhores Bispos e Sacerdotes.

Quando a CNBB irá assumir seu papel e punir exemplarmente aqueles que vão de contra a orientação da Igreja e fazem destas eleições uma guerra podre de fé? Qual o é beneficio que a Igreja receberá com esta defesa visceral em favor do candidato José Serra? Será que a Igreja esqueceu-se do mal que este senhor criou com suas ações a favor do aborto, da distribuição de preservativos e da pílula de dia seguinte?

Não estou aqui defendendo o voto em nenhum candidato, o que estou questionando a ação de alguns homens, que estão utilizando o poder de suas batinas, o poder do nome da Igreja para preencherem as suas vaidades humanas.

Nós católicos não podemos ver e de forma silenciosa, acolher com omissão esta situação. Somos nós quem “movimentamos” a Igreja, somos nós que trabalhamos verdadeiramente nas nossas comunidades.

É triste ver uma Igreja com uma poder tão grande sucumbir a tanta hipocrisia. E aqui me refiro a Igreja porque se a CNBB, não tomar uma verdadeira atitudes, todos nós seremos lançados nesta lama.

A Igreja esta dividida e posso dizem sem o menor medo, a IGREJA CATÓLICA NO BRASIL perdeu o que tinha de primordial: a unidade.

Luis Rocha.

30 de setembro de 2010

3 de agosto de 2010

Filho meu, que estás na terra!

jesus

Filho meu, que estás na terra,

Preocupado, solitário e tentado,

Conheço bem o teu nome,

E o pronuncio, santificando-o,

Porque te amo.

Tu nunca estás sozinho,

Pois habito em ti

E juntos vamos expandir o Reino da vida

Que te dei como herança.

Gosto que faças a minha vontade,

Pois só quero a tua felicidade

E a minha glória é o ser humano vivo!

Podes contar sempre comigo

E terás o pão de cada dia, não te preocupes.

Só te peço que saibas reparti-lo

Com teus irmãos.

Fica sabendo que te perdôo todos os pecados

Mesmo antes de os teres cometido

Mas te peço que também perdoes

Aqueles que te ofendem.

E para nunca sucumbires à tentação,

Agarra, com toda tua força,

A minha mão

E te livrarei de todo o mal,

Meu pobre e querido filho!

(Charles Pèguy, fiósofo francês)

Proposta de reunião – 01- Grupo de Jovens

Horários:

Acolhimento – 10 mim

Oração Inicial, Evangelho e Reflexão – 40 mim

Desenvolvimento – 30 mim

Avisos e Oração Final. – 20 mim

Acolhimento:

· Boas – vindas

· Canto: Já chegou.

Oração Inicial:

· Saudação a Santíssima Trindade

· Canto ao Espírito Santo: “Vem Espírito Santo”

· Leitura do Evangelho: Lucas 12,32-48

· Reflexão Individual

· Reflexão em grupo

Desenvolvimento:

Dinâmica do coração

· Objetivo: Conhecer o outro e dar-se a conhecer, abrindo espaço para que cada um se apresente; buscando, com essa apresentação, maior intimidade entre os elementos do grupo; partilhando sentimentos, ideais, realizações, desejos e frustrações.

· Material: Folhas de papel oficio para todos os participantes.

· Desenvolvimento: Entrega-se uma folha de papel a cada participante, que deverá desenhar um coração grande e escrever seu nome fora do coração. O coração deverá ser dividido em quatro partes.
Na primeira parte do coração, fazer um símbolo que relate um fato importante realizado por sua família (o maior acontecimento). Na segunda parte, desenhar sua maior realização pessoal. Na terceira parte, escrever a coisa mais importante que você pretende realizar nos próximos dois anos. Na quarta parte do coração, escrever, enfim, a maior decepção de sua vida. Todos os participantes deverão pôr sua folha com o trabalho realizado no centro do círculo, compartilhando os resultados. Caso sintam necessidade, poderão comentar ou perguntar algo a respeito das respostas de seus colegas. A pessoa abordada terá liberdade para responder ou não à questão levantada. Compartilhar sentimentos e descobertas com o grupo.

Avisos:

· Na próxima reunião, todos deverão trazer um terço.

· Outros avisos

Oração Final:

· Distribuir a oração “Filho Meu, que estás na terra” e dar um tempo para que seja lida e refletida individualmente por cada componente, que deverá fazer a sua oração (preces, pedido, agradecimento) para ser feita com todos no fim do encontro.

· Ouvir as orações e no fim de cada uma delas o grupo deverá responder: “Onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração”.

· Rezar juntos a oração distribuída.

· Oração do Pai Nosso e saudação a Santíssima Trindade.

Aprofundamento do Evangelho:

“Onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração”

          Este trecho do capítulo doze retoma em grande parte tema do domingo anterior - a questão do relacionamento do cristão e da comunidade com os bens materiais. A comunidade cristã é caracterizada como “pequeno rebanho” - certamente pequena diante da força e enormidade do sistema do Império Romano. Aqui não é tão importante a sua pequenez em termos numéricos, mas em termos da sua importância e força dentro da sociedade - a fraqueza dela é gritante, e devia ter provocado insegurança e medo em muitos dos seus membros.  Por isso as palavras de encorajamento: “Não tenha medo, pequeno rebanho, porque o Pai de vocês tem prazer em dar-lhes o Reino” (v.32)O rebanho não tem muitos bens materiais, mas terá os bens mais importantes - os do Reino.  Está idéia nasce do versículo anterior a este trecho: “Busquem o Reino dele e Deus dará a vocês essas coisas em acréscimo” ( v. 31).  Estes bens virão na medida em que a comunidade vive a partilha, ou seja, se coloque na contramão de uma sociedade de ganância e exploração, repartindo o que tem.  Retomando o tema do último domingo, Jesus adverte: “De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração.” (v.34)

            Este último versículo nos desafia a fazermos uma meditação mais profunda sobre os valores das nossas vidas.  Onde - realmente, e não teoricamente - está o meu tesouro?  Em que eu de fato ponho a minha confiança?  Sobre o que estou baseando a minha vida?  Qual é a minha experiência prática de partilha?  Quais são os verdadeiros tesouros da minha vida?

            Em seguida Lucas nos coloca diante das exigências de vigilância e responsabilidade.  Embora muitas vezes se interprete este trecho sobre a vinda do Senhor em termos do “fim do mundo”, ou referindo-se ao momento da nossa morte, realmente estes versículos têm uma abrangência muito maior.  A ênfase não está no fim, mas na atitude que nós devemos ter sempre em nossa caminhada.  Sempre devemos estar alertos, para não perdermos o momento de Jesus passar em nossas vidas.  Ele chega para nós, não somente na hora da nossa morte, muito menos no fim do mundo, mas todos os dias, nas pessoas, nos acontecimentos da nossa realidade, na comunidade em que vivemos.  Jesus aqui exige uma atitude de busca permanente do Reino, através de uma vida de serviço fraterno.

            Os versículos 41-46, e o fato que a pergunta é feita por Pedro, porta-voz dos líderes da comunidade em Lucas, indicam que a mensagem aqui é dirigida em primeiro lugar aos que têm uma função de dirigente na comunidade.  Os dirigentes cristãos não têm estes ofícios para exercer um poder, para dominar, mas muito pelo contrário, para melhor servir.  Somos alertados para que não deixemos a corrupção do poder tomar conta das nossas vidas.  Como os dirigentes das comunidades têm consciência dos seus deveres, muito mais ainda é a sua responsabilidade: “A quem muito foi dado, muito será  pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido”( v. 48).   Aqui o trecho alarga a sua visão para incluir não somente uma possível corrupção do projeto cristão através do apego aos bens materiais, mas também através do apego ao poder, quando este é usado não como serviço, mas como dominação e projeção pessoal por parte dos dirigentes cristãos.  Talvez não haja corrupção mais sutil do que a do poder, manifestada em carreirismo, autoritarismo e auto-projeção dentro das Igrejas.  Vale a advertência já feita no século XIX pelo historiador católico inglês, Lord Acton:  “Todo o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente!”

            Lucas convida a todos, especialmente aos dirigentes, à vigilância, para que o nosso verdadeiro tesouro seja o serviço fraterno, como concretização do projeto de Jesus, e não a ganância, o  poder, a dominação.

23 de abril de 2010

Dinâmica: O boneco

Dividir os participantes em seis subgrupos. Cada um ficará responsável por uma parte do boneco: cabeça, tronco, braços, mãos, pernas e pés.


Cada grupo desenhará uma parte do corpo e terá duas perguntas para responder. As respostas devem ser registradas nos cartazes juntamente com o desenho. Para que os grupos tenham uma visão geral da dinâmica, é importante que se leiam todas as perguntas antes de iniciar o trabalho.

a) Cabeça: Qual a realidade ambiental que vemos? O que escutamos da sociedade sobre a preservação da biodiversidade?

b) Tronco: O que sentimos sobre a degradação ambiental? O que sentimos sobre o papel do estudante na preservação da biodiversidade?

c) Braços: Até onde podemos alcançar com nossa ação? Com quem (pessoas, entidades etc.) podemos andar de braços dados na preservação da biodiversidade?

d) Mãos: Quais os compromissos que podemos firmar enquanto grupo na preservação da biodiversidade? Quais as ferramentas que temos disponíveis na escola para divulgar nossas idéias?

e) Pernas: Que caminhos queremos tomar no desenvolvimento de ações de preservação da biodiversidade? Qual o suporte (pessoas, materiais, finanças etc.) que temos para desenvolver uma ação?

f) Pés: Que ações podemos realizar envolvendo nossa escola na preservação da biodiversidade? Que resultado desejamos com nossa ação?

Fonte: Extraída da cartilha “Semana do Estudante - Há que se cuidar da vida”, 2007. PJE-PJB.

Católicos: Corações que sangram...

Estamos vivendo uma época de profundas feridas na nossa Igreja Católica. Muito barulho é feito, cartas são escritas, pedidos de perdão realizados, mas nada minimiza a vergonha que estamos sentindo.

È muito fácil para o Santo Papa escrever “cartinhas” aos seus fieis, enquanto somos nós, que estamos na base, que passamos pelos constrangimentos das acusações e perguntas indiscretas. Quem incomoda a paz do Santo Papa? Quem tem acesso aos senhores Bispos? Estão dormem como anjos... não sentem na carne o que nós sentimos.

Estamos numa Igreja surda que não ouve nosso clamor fiel, somos apenas contados como ovelhas que pagam os seus dízimos e vivem sua missão evangelizadora. Quem ouve a nossa voz? Quem nos pergunta sobre os passos da Igreja? Somos nós que enchemos os templos, que evangelizamos, que abrimos mão de nossas vidas para servi a um Deus tão justo e tão presente, e que a Igreja cisma em envergonhar.

Os assuntos polêmicos estão ai, pedofilia, celibato, casamentos de segunda união, homossexualidade... e fica sempre a pergunta, quando seremos ouvidos? Não somos nós que deveríamos gritar contra tamanha barbaridade? Não é a nossa missão de profeta? Mas a Igreja se cala, sabe, porque todos nós sabemos das podridões que acontecem em “nome da fé” e fazem questão de esconder.

Vivemos numa Igreja onde acredita-se que o Espírito Santo fala apenas através dos cargos da fé... e o vento que sopra sobre nós? E as revelações que são feitas a nós?

È claro que encontraremos “fanáticos” que agora estão defendendo a Igreja com unhas e dentes. Hipócritas, são tão marginais como aqueles que não tomam a atitude de tentar estancar este sangramento. Por muito menos, o Cristo pegou o chicote... antes faziam a casa de Deus de comercio, hoje verdadeiros motéis.

O que fica em meu coração é: Se não fosse padres e bispos, será que a Igreja também passaria a mão na cabeça? Se fosse você, será que a igreja teria essa compaixão? E não digo aqui compaixão teórica, mas sim compaixão na pratica, porque de belas teorias a Igreja tá cheia... apenas teoria.

Casais de segunda união são tratados como “bichos”, olhados pela Igreja como “pecadores”, a mesma Igreja, que dentro de suas conveniências diz que tem o poder de anular casamentos (Claramente expresso no direito canônico da Igreja) quando a mesma afirma que “O que Deus uniu o homem não separa” você leigo não... mas a Igreja, sim. A Igreja que no seu “Catecismo” diz que os homossexuais devem ser acolhidos atribui a eles a “origem” da pedofilia. Quantas meninas também são abusadas e por uma cultura machista devem se fechar no silêncio. Afinal de contas, uma garota abusada seria mais “marginalizada” do que um garoto e isso é um fato que não podemos esconder. Alguém avisa ao “senhores da fé” que a pedofilia também acontece entre os pais e as filhas, vizinhos e meninas... mas nesta caso, achamos normal.Para citar um pequeno exemplo, quando vemos um jovem de maior com uma menina menor de idade, sentados no banco de nossas igrejas, vemos ali o “amor de Deus”... natural para você, né? ... porém não se deixa de ser pedofilia. Agora se for uma Mulher com um garoto novo, na situação inversa? Será que achamos tão bonito? Será que aceitamos ou pensamos: “Olá fulana, não tem vergonha, velha deste jeito com um menino?” A Igreja que diz que o “celibato” é a vontade de Deus aos sacerdotes, aceita que alguns deles tenham família como vimos a pouco tempo nos noticiários.

Não abalo minha fé, não deixarei de reconhecer Deus dentro da Igreja Católica, mas não vou me permitir viver o pecado da omissão.

Conto desde já com a compreensão de vocês, sei do perigo de minhas palavras, porque sei que muitos se encherão de ódio contra mim, mas quero registrar meu desabafo.

È hora de encarar a verdade, e lutar pelo pouco de dignidade que nos resta.

26 de janeiro de 2010

Formação: O porquê do sofrimento.

Em síntese: O sofrimento parece a alguns ser um argumento contra o poder ou a bondade de Deus. A mensagem cristã responde que Deus não é – nem pode ser – o autor de algum mal; mas Ele permite que as criaturas, limitadas como são, cometam males físicos e morais; Ele não quer “policiar” o mundo artificialmente, mas se encarrega de tirar dos males produzidos pelas criaturas bens ainda maiores. Isto em vários casos é evidente, pois se verifica que, para muitas pessoas, o sofrimento é uma escola que converte e transfigura. Em outros casos, os frutos positivos do sofrimento não são tão perceptíveis; não obstante, o cristão tem certeza de que a Providência Divina não falha e um dia ele compreenderá plenamente o plano de Deus, do qual atualmente ele só percebe segmentos e facetas.

Mais: a figura do Filho de Deus, que, feito homem, assumiu a dor e a morte a fim de fazê-las passagem para a ressurreição e a glória, é o testemunho mais eloqüente de que o sofrimento não é mera sentença da justiça ou castigo, mas está intimamente associado ao amor que Deus tem para conosco. Aceito em união com Cristo, o sofrimento vem a ser fonte de salvação para o paciente e de expiação dos pecados do mundo.

Um dos temas que mais vêm à tona nos círculos filosóficos e religiosos de nossos dias, é o do sofrimento. Quanto mais se alastra e intensifica a dor dos homens provocada pela fome, o terrorismo, as guerras…, tanto mais indagam a respeito do sentido do sofrimento. Freqüentemente nasce daí a objeção; se Deus existe, como pode permitir tanta desgraça, especialmente quando afeta pessoas inocentes? Se tanto mal acontece, ou Deus não pode ou não quer evitá-lo. No primeiro caso, Ele não é todo-poderoso (então não é Deus); no segundo caso, Ele não ama seus filhos, pois nenhum pai assiste indiferente ao sofrimento dos seus filhos. Em conseqüência de tais raciocínios, parece lógico a muitos negar a existência do próprio Deus.

Eis por que as páginas subseqüentes serão dedicadas ao estudo de tal problema. Pode-se-lhe apresentar solução?… ou ao menos alguma luz que o esclareça? – Aliás, também o último Sínodo Mundial dos Bispos, encerrado em dezembro de 1985, chamou a atenção para a recrudescência do mal em nossos dias (tão marcados pela fome e pela ameaça de catástrofes nucleares) e solicitou especial atenção para a Teologia da Cruz:

“Percebemos que os sinais dos tempos são, em parte, diferentes daqueles dos tempos do Concílio, com problemas e angústias ainda mais graves. Com efeito; assistimos em toda parte ao aumento da fome, da opressão, da injustiça; a guerra domina em vários lugares, com os sofrimentos que ela acarreta, enquanto o terrorismo e a violência, sob mil formas, se manifestam um pouco por toda parte. Isto nos obriga a nova e mais profunda reflexão teológica para interpretar esses sinais à luz do Evangelho…

Parece que nas atuais dificuldades Deus nos quer ensinar mais profundamente o valor, a importância e a centralidade da Cruz de Jesus Cristo” (D, nº. 1 e 2).

Revista: "PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb.
Nº 297 – Ano 1987 – Pág. 61.